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São Paulo,20/01/2025

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O Brasil enfrenta críticas internacionais por radicalização e instabilidade institucional

Nos últimos meses, alianças do governo com regimes autoritários e medidas do STF, como a censura à plataforma X e o desmonte de investigações anticorrupção, chamaram a atenção até mesmo de veículos de mídia alinhados à esquerda.


O Brasil enfrenta críticas internacionais por radicalização e instabilidade institucional

A imagem do Brasil como um país marcado pela radicalização política e pelo enfraquecimento de suas instituições está se consolidando no cenário internacional. Essa percepção é alimentada pela atuação controversa do governo Lula em políticas públicas e diplomáticas, somadas às decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), que têm sido alvo de diversas críticas dentro e fora do país.

A crescente desconfiança em relação à estabilidade institucional tem refletido na economia, gerando receitas entre investidores estrangeiros. Nos últimos meses, alianças do governo com regimes autoritários e medidas do STF, como a censura à plataforma X e o desmonte de investigações anticorrupção, chamaram a atenção até mesmo de veículos de mídia alinhados à esquerda.

O The New York Times , em 26 de novembro, publicou uma reportagem detalhando como o STF tem desarticulado avanços da Operação Lava Jato, alegando parcialidade de promotores e juízes envolvidos. Anteriormente, em junho, o Financial Times havia publicado matéria semelhante, destacando o impacto desse desmonte sobre a confiança no sistema judicial brasileiro.

Na diplomacia, a aproximação do governo Lula a regimes autoritários gerou questionamentos sobre a orientação geopolítica do Brasil. Durante a cúpula do G20, em novembro, o alinhamento com potências como China e Rússia foi destacado como uma possível ruptura com os valores democráticos ocidentais. A revista britânica The Economist publicou, no dia 17 de novembro, uma análise sobre a crescente proximidade entre Brasil e China, classificando-a como uma “lua de mel” política e econômica.

Outras decisões do Executivo, como a recusa em criticar a fraude eleitoral na Venezuela e uma postura ambígua sobre a guerra na Ucrânia, desenvolvem para fortalecer essa percepção. O Brasil optou por apoiar propostas de paz lideradas pela China e pela Rússia, em detrimento de alternativas promovidas pelas democracias ocidentais.

Já o STF foi acusado de violar princípios democráticos fundamentais. O ministro Alexandre de Moraes, em particular, foi criticado por decisões que restringem a liberdade de expressão. Em agosto, a suspensão da rede X foi comparada, por veículos como Washington Post e New York Times , às práticas de regimes autoritários em países como China e Irã. O Wall Street Journal , em outubro, também destacou os “excessos processuais” do ministro, incluindo investigações secretas e congelamento de ativos.

A atuação do STF também atraiu críticas políticas internacionais. Em setembro, os parlamentares norte-americanos pediram a revogação do visto de Alexandre de Moraes, citando claramente a liberdade de expressão e interferência política.

O cenário coloca em xeque o compromisso do Brasil com os valores democráticos e a criação de um terreno fértil para o aumento da desconfiança externa, tanto no campo político quanto no econômico. Especialistas apontam que a trajetória atual do país pode comprometer seu papel como um dos principais representantes da América Latina no cenário global.




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