Inflação: preço das carnes sobe 5,8% em outubro; entenda por que alimento está mais caro
Desvalorização do real, e alta demanda interna são os principais motivos dessa elevação.
A carne se destacou como um dos maiores responsáveis pela alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em outubro, conforme dados do IBGE divulgados nesta sexta-feira (8). O preço da carne subiu mais de 5% no mês e, segundo economistas consultados pelo Portal Sensus Notícias, a tendência é de que os preços continuem pressionados nos próximos meses.
Analistas apontam que fatores como clima, desvalorização do real, e alta demanda interna são os principais motivos dessa elevação. Além disso, os preços operacionais subiram, com o retorno de impostos sobre alguns segmentos que estavam isentos até o primeiro semestre de 2024. O recente aumento nos preços dos combustíveis também vem impactando toda a cadeia produtiva e logística, ampliando os custos de transporte e distribuição da carne.
Em outubro, o preço de alimentos para consumo em domicílio aumentou 1,22%, e as carnes registraram uma alta geral de 5,81%, com cortes como acém (9,09%), costela (7,40%), contrafilé (6,07%) e alcatra (5,79%) sendo os mais impactados. Esse foi o maior aumento mensal nas carnes desde novembro de 2020, quando a variação chegou a 6,54%.
Para André Almeida, gerente do IPCA e INPC, “o aumento no preço das carnes pode ser explicado pela oferta reduzida devido ao clima seco, que afeta a produção, e pelo elevado volume de exportações.” O pesquisador Matheus Dias, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV), reforça que as condições desfavoráveis no campo diminuem a disponibilidade de gado para abate, reduzindo a oferta no mercado interno.
Além disso, o fortalecimento do dólar frente ao real encarece a carne importada, segundo Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados. “Temos uma demanda doméstica aquecida junto com a alta na exportação, especialmente para a China, que pressiona os preços para cima.”
Felippe Serigatti, do Centro de Agronegócios da FGV Agro, observa que a recuperação de rebanhos em mercados como os EUA, Austrália e Argentina ainda está em andamento, o que aumenta a demanda pelo produto brasileiro. “Com o dólar alto, o exportador brasileiro prioriza o mercado externo, onde consegue preços mais competitivos, o que influencia os preços internos.”
Apesar do aumento de preço, a carne continua tendo demanda nas prateleiras dos supermercados, conforme aponta a FGV Agro.
Além disso, o fortalecimento do dólar frente ao real encarece a carne importada, segundo Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados. “Temos uma demanda doméstica aquecida junto com a alta na exportação, especialmente para a China, que pressiona os preços para cima.”
Felippe Serigatti, do Centro de Agronegócios da FGV Agro, observa que a recuperação de rebanhos em mercados como os EUA, Austrália e Argentina ainda está em andamento, o que aumenta a demanda pelo produto brasileiro. “Com o dólar alto, o exportador brasileiro prioriza o mercado externo, onde consegue preços mais competitivos, o que influencia os preços internos.”
Apesar do aumento de preço, a carne continua tendo demanda nas prateleiras dos supermercados, conforme aponta a FGV Agro.
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