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São Paulo,14/11/2024

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Rombo recorde em estatais chega a R$ 7,4 bilhões no acumulado do ano

O valor representa um aumento de 258,9% em comparação ao déficit registrado no mesmo período do ano anterior, quando o rombo foi de R$ 2,06 bilhões.


Rombo recorde em estatais chega a R$ 7,4 bilhões no acumulado do ano

Dados divulgados nesta segunda-feira (11) pelo Banco Central (BC) apontam que o déficit primário das estatais atingiu R$ 7,4 bilhões entre janeiro e setembro de 2024. Esse é o pior resultado para o período desde o início da série histórica em 2002.

O valor representa um aumento de 258,9% em comparação ao déficit registrado no mesmo período do ano anterior, quando o rombo foi de R$ 2,06 bilhões.

Entre as estatais federais, o déficit foi de R$ 4,1 bilhões. Já as estatais regionais (estaduais e municipais) registraram um rombo de R$ 3,3 bilhões de janeiro a setembro.

Vale destacar que os números do BC não incluem Petrobras, Eletrobras e bancos públicos. Os dados levam em conta todas as receitas e despesas das empresas públicas, sem contabilizar o lucro líquido das estatais.

Dívida do Setor Público

O Banco Central também informou que a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) — que inclui Governo Federal, INSS e governos estaduais e municipais — alcançou 78,3% do PIB (R$ 8,9 trilhões) em setembro de 2024, uma leve queda de 0,2% em relação ao mês anterior.

Já a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) subiu para 62,4% do PIB (R$ 7,1 trilhões) em setembro, representando um aumento de 0,4% no mês. Segundo o BC, esse movimento reflete a valorização cambial de 3,7% (+0,5 p.p.), os juros nominais apropriados (+0,4 p.p.), a variação do PIB nominal (-0,4 p.p.), e demais ajustes na dívida externa líquida (-0,2 p.p.).

No acumulado do ano, a DLSP apresentou um crescimento de 1,5%. O BC atribui esse aumento principalmente aos impactos dos juros nominais (+5,7 p.p.), do déficit primário (+0,8 p.p.), do reconhecimento de dívidas (+0,2 p.p.), do crescimento do PIB nominal (-2,9 p.p.), da desvalorização cambial acumulada de 12,5% (-1,3 p.p.), de outros ajustes da dívida externa líquida (-0,7 p.p.), e de ajustes de privatizações (-0,3 p.p.).




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