Os Estados Unidos anunciaram que estão trabalhando para permitir que a Ucrânia utilize mísseis de longo alcance fabricados no país, o que, segundo o presidente russo Vladimir Putin, alteraria a "natureza do conflito". Nesta quinta-feira (12), durante um evento em São Petersburgo, Putin afirmou que, se a Otan autorizar a Ucrânia a usar esses mísseis, a aliança estará "em guerra contra a Rússia". 

A Otan, composta pelos EUA e países europeus, não inclui a Ucrânia, mas apoia o país na guerra. Atualmente, os aliados da Ucrânia limitam o uso de armamentos fornecidos à defesa do território ucraniano. No entanto, uma mudança nessa política, segundo Putin, representaria uma escalada significativa. Ele alertou que a Rússia tomaria "decisões apropriadas" em resposta a essa ameaça.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tem defendido o uso de armas de longo alcance para frear o avanço russo, e o presidente dos EUA, Joe Biden, confirmou na terça-feira (10) que está considerando essa opção. A pressão por essa mudança aumentou após os EUA acusarem o Irã de fornecer mísseis à Rússia. Nesta semana, a Rússia anunciou a proximidade de um novo acordo bilateral com o Irã.