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São Paulo,15/11/2024

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Advogado de González vai ao Ministério Público e fala em 'perseguição política' após Justiça da Venezuela determinar prisão

A líder da oposição, María Corina Machado, condenou a ordem de prisão, reforçando o apoio ao movimento oposicionista.


Advogado de González vai ao Ministério Público e fala em 'perseguição política' após Justiça da Venezuela determinar prisão

O advogado de Edmundo González, candidato opositor ao governo de Nicolás Maduro, se reuniu com o procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab, no Ministério Público na noite de quarta-feira (4), poucos dias após a emissão de um mandado de prisão contra seu cliente. González é acusado de não comparecer a três intimações para depor em uma investigação relacionada à publicação de atas eleitorais que sustentam sua vitória nas eleições presidenciais de julho, uma alegação que desafia a reeleição de Maduro. 

José Vicente Haro, advogado de González, tentou apresentar um documento justificando as ausências de seu cliente, mas relatou dificuldades em protocolar o documento, criticando a recusa do MP. Haro argumentou que González está sendo alvo de perseguição política e que seu direito à defesa está sendo comprometido. Segundo ele, a situação reflete uma tentativa de criminalizar a oposição no país.

A ordem de prisão, solicitada pelo MP e emitida por um tribunal especializado em casos de terrorismo, acusa González de crimes como falsificação de documentos, incitação de atividades ilegais e sabotagem de sistemas eleitorais. A oposição venezuelana e juristas críticos ao governo denunciam que o sistema judiciário do país atua em favor do chavismo, sob a influência de Maduro.

O pedido de prisão também ocorre em meio a uma crescente pressão internacional contra o regime de Maduro, com países como Argentina e organizações como a ONU criticando a falta de transparência no processo eleitoral e a repressão aos opositores. 

A líder da oposição, María Corina Machado, condenou a ordem de prisão, reforçando o apoio ao movimento oposicionista e acusando o regime de radicalizar sua repressão contra as forças democráticas. Enquanto isso, as autoridades venezuelanas ainda não divulgaram as atas eleitorais que comprovariam o resultado oficial das eleições.




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