Juiz Eleitoral manda suspender redes de Pablo Marçal após pedido do PSB
O partido de Tabata Amaral, que também concorre à prefeitura de São Paulo, acusou Marçal de abuso de poder econômico.
A Justiça Eleitoral de São Paulo concedeu, nesta sexta-feira (23), uma liminar a pedido do PSB, determinando a suspensão das contas de Pablo Marçal, candidato do PRTB à prefeitura da capital paulista, nas redes sociais até o fim das eleições. A decisão, com efeito imediato, foi proferida pelo juiz eleitoral Antonio Maria Patiño Zorz. Contudo, as plataformas só poderão retirar os perfis do ar após a notificação oficial da Justiça.
O partido de Tabata Amaral, que também concorre à prefeitura de São Paulo, acusou Marçal de abuso de poder econômico, alegando que ele teria incentivado seus seguidores a promoverem sua campanha nas redes sociais em troca de ganhos financeiros.
O PSB sustenta que Marçal "mobiliza pessoas de forma ilícita para ampliar a visibilidade de seus conteúdos" e que o candidato autorizou a edição de suas falas em vídeos, "incentivando seguidores a se tornarem 'cortadores' profissionais".
Espera-se que Marçal recorra da decisão, para que o caso seja julgado pelo plenário do TRE-SP, com possibilidade de recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A decisão abrange os perfis no Instagram, YouTube, TikTok e o site da campanha, além de proibir Marçal de remunerar os "cortadores" de seus conteúdos vinculados à sua candidatura.
O juiz destacou que a estratégia de Marçal fideliza seguidores e os incentiva a buscar "likes" em troca de vantagens econômicas, aumentando a visibilidade de sua imagem e campanha de forma exponencial. No entanto, o magistrado rejeitou outros pedidos do PSB, como a quebra dos sigilos fiscal e bancário das empresas de Marçal, que será analisado apenas no julgamento do mérito. Também foi negada a solicitação para que as plataformas identifiquem os seguidores que editam os conteúdos de Marçal.
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