Vitória Irrefutável: Maduro Reeleito com a Bênção do Tribunal de Amigos
Nas últimas semanas, o tribunal realizou uma perícia nas atas de votação entregues pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão também alinhado ao chavismo, que já havia declarado Maduro como vencedor.
Como previsto, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela confirmou nesta quinta-feira (22) a "vitória" de Nicolás Maduro nas eleições presidenciais de 28 de julho.
Nas últimas semanas, o tribunal realizou uma perícia nas atas de votação entregues pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão também alinhado ao chavismo, que já havia declarado Maduro como vencedor. No entanto, há relatos de que o TSJ impediu fiscais e especialistas dos partidos de oposição de acompanharem essa análise.
A Plataforma Unitária Democrática (PUD), bloco de oposição, afirma que seu candidato, Edmundo González, foi o verdadeiro vencedor da eleição e publicou em um site cópias das atas de votação que supostamente comprovam essa vitória.
"A perícia é certificada de forma inquestionável, e os resultados do dia 28 de julho emitidos pelo CNE, nos quais Nicolás Maduro foi eleito presidente da República para o período 2025-2031, são validados. Assim se decide. O CNE é instado a publicar os resultados das eleições no Diário Eleitoral", declarou a presidente da corte e da Sala Eleitoral do tribunal, Caryslia Beatriz Rodríguez, que já foi vereadora e prefeita de Caracas pelo Partido Socialista Unido da Venezuela (Psuv), partido de Maduro.
De acordo com o site Efecto Cocuyo, a magistrada afirmou que a perícia foi conduzida "aos mais elevados padrões técnicos e legais" e que as atas de escrutínio emitidas pelas máquinas de votação apresentaram "plena coincidência" com os registros do banco de dados da totalização de votos.
Rodríguez também ordenou à Procuradoria-Geral da República, "diante da ansiedade causada na população", que investigasse supostos crimes de usurpação de funções, instigação à desobediência às leis, crimes informáticos, associação para cometer crime e falsificação de documentos devido à divulgação das atas pela oposição em seu site.
No dia 7 de agosto, o procurador-geral da Venezuela, o chavista Tarek William Saab, já havia anunciado a abertura de uma investigação criminal contra os responsáveis pelo site da oposição.
Na quarta-feira (21), a PUD emitiu um comunicado rejeitando qualquer decisão favorável ao chavismo que o TSJ pudesse tomar em relação às eleições presidenciais de 28 de julho.
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