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São Paulo,19/09/2024

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Rombo fiscal criado pelo próprio governo dificulta o projeto eleitoreiro do PT

O descompasso entre receitas e despesas intensifica a disputa política entre os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e da Casa Civil, Rui Costa, por verbas.


Rombo fiscal criado pelo próprio governo dificulta o projeto eleitoreiro do PT

O Tesouro Nacional anunciou que o governo federal terá à disposição um montante adicional de R$ 138,3 bilhões em 2025, conforme as regras do novo arcabouço fiscal. A princípio, essa notícia poderia parecer positiva para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que busca entregar resultados significativos na segunda metade de seu terceiro mandato, de olho nas eleições futuras. No entanto, o crescimento acelerado das despesas fixas do Executivo ameaça consumir esse aparente ganho no caixa, forçando a necessidade de cortes e congelamentos orçamentários em quase todos os ministérios.

Economistas alertam que não haverá um aumento de receita suficiente para cobrir os crescentes déficits fiscais, e que as contas públicas podem ficar esgotadas até o final de 2026. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, já havia sinalizado sobre esse risco. Nesse cenário de restrição fiscal, até mesmo as emendas parlamentares podem ser contidas, gerando desgastes para a administração petista.

Além disso, o descompasso entre receitas e despesas intensifica a disputa política entre os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e da Casa Civil, Rui Costa, por verbas, especialmente aquelas destinadas ao Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Os ministros Haddad, Tebet, e Esther Dweck, da pasta da Gestão, têm enfrentado pressões por gastos com foco em objetivos eleitorais, impulsionadas pela autorização do presidente Lula para Haddad executar cortes no Orçamento, visando atingir a meta de déficit zero em 2024.

Espera-se que o detalhamento dos cortes no Orçamento da União provoque debates internos, com Rui Costa lutando para preservar alguns projetos de investimento em andamento das inevitáveis reduções de gastos. Essa tendência deve persistir nos próximos anos, agravada pela proximidade das eleições de 2026.




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