De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Brasil registrou 13.489 focos de incêndio na Amazônia no primeiro semestre de 2024. Esse número representa um aumento de 61% em relação ao mesmo período do ano passado, estabelecendo um recorde dos últimos 20 anos. Este valor só não superou os registrados nos primeiros semestres de 2003 (17.143) e 2004 (17.340).

Conforme noticiado pelo Sensus Notícias nesta segunda-feira (1º), o número de queimadas no Pantanal também alcançou um pico histórico em junho, o maior desde 2005, reforçando o recorde de incêndios sob o governo do presidente Lula (PT). Entre 1º de janeiro e 30 de junho, foram registrados 3.538 pontos de queimadas no Pantanal, segundo dados do Programa Queimadas do INPE. Esse número representa um aumento de 2.018% em comparação ao ano passado, quando foram registrados apenas 167 focos.

O Cerrado também apresentou uma quantidade alarmante de focos de incêndio no primeiro semestre, com 13.229 registros, quase igualando os números da Amazônia. Esse valor supera o recorde anterior de 2007, quando foram registrados 13.214 focos.

Em resposta a essa crise, o governo federal anunciou na segunda-feira a criação de duas bases para agilizar as ações de combate aos incêndios no Pantanal. “Ninguém conseguiria botar de pé uma operação como a que nós colocamos se não houvesse um planejamento. Pela primeira vez o Pantanal tem um plano de enfrentamento aos incêndios e é esse plano que está sendo executado”, afirmou a ministra do Meio Ambiente e Clima, Marina Silva.