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São Paulo,28/04/2025

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Carlos Valentim

O serial killer que aterrorizou São Paulo e chocou o Brasil

Mais de 25 anos depois, o caso ainda assombra a memória coletiva e levanta debates sobre violência de gênero, mídia e segurança pública.

imagem arquivo
O serial killer que aterrorizou São Paulo e chocou o Brasil fotos jornais da época


Maníacodo Parque: o serial killer que aterrorizou São Paulo e chocou o Brasil

Franciscode Assis Pereira enganava mulheres com falsas promessas de trabalho e as levavapara um parque onde cometia crimes brutais. Mais de 25 anos depois, o casoainda assombra a memória coletiva e levanta debates sobre violência de gênero,mídia e segurança pública.

SãoPaulo, fim dos anos 1990. O país parava para acompanhar, atônito, osdesdobramentos de uma caçada policial digna de filme de terror. Francisco deAssis Pereira, um homem aparentemente comum, escondia por trás do rostotranquilo um dos maiores predadores da história criminal brasileira. Conhecidocomo o “Maníaco do Parque”, ele confessou ter matado 11 mulheres e abusado devárias outras, após atraí-las com promessas de carreira como modelo. O caso,além de chocar a sociedade, escancarou falhas graves nas políticas de proteçãoàs mulheres e escancarou o poder da mídia no imaginário popular.

O Maníacodo Parque: o caso que parou o Brasil e suas consequências duradouras

No finaldos anos 1990, o Brasil foi abalado por uma série de crimes que chocaram apopulação pela brutalidade e pelo perfil do autor. Francisco de Assis Pereira,conhecido como o "Maníaco do Parque", foi responsável por uma onda deterror em São Paulo entre 1997 e 1998. O caso não apenas expôs falhas nossistemas de segurança pública, como também deixou cicatrizes profundas nasociedade brasileira — especialmente no que diz respeito à violência contra amulher.

O terrorno Parque do Estado

Franciscoabordava mulheres nas ruas, geralmente na região central de São Paulo,oferecendo falsas oportunidades de trabalho como modelo. Bem articulado, comaparência tranquila e discurso sedutor, convencia as vítimas a acompanhá-lo atéo Parque do Estado, na zona sul da cidade. Lá, ele estuprava e assassinavaalgumas das mulheres. No total, confessou ter matado 11 e violentado outrastantas.

O casoganhou ampla cobertura da mídia tradicional, que contribuiu tanto para acelerarsua prisão quanto para alimentar o pânico social. A figura do “Maníaco doParque” estampava capas de jornais e dominava programas televisivos deaudiência nacional, como o "Fantástico" e o "Aqui Agora".

Consequênciassociais e culturais

O impactodo caso foi profundo. As mulheres passaram a andar ainda mais cautelosas nasruas, especialmente em grandes centros urbanos. O medo se espalhou, e o casoreforçou a desconfiança em relação a estranhos oferecendo qualquer tipo deoportunidade. Também houve um aumento na vigilância pública, em especial emáreas de parques e florestas urbanas.

Oepisódio impulsionou debates sobre segurança, misoginia, e os perigos daidealização de profissões como modelo, que muitas vezes são exploradas porcriminosos. A mídia, por sua vez, foi criticada por sensacionalismo, emboratambém tenha cumprido um papel fundamental na mobilização da população e naidentificação do agressor.

O destinode Francisco de Assis Pereira

Preso em1998 após se entregar no estado do Piauí, Francisco de Assis foi condenado amais de 250 anos de prisão. Está atualmente detido na Penitenciária deTaubaté, em regime fechado, e já foi diagnosticado com distúrbiospsiquiátricos. Ele passou parte de sua pena no Hospital de Custódia eTratamento Psiquiátrico de Franco da Rocha.

Mesmodécadas depois, o nome "Maníaco do Parque" ainda é lembrado como umdos mais sombrios da crônica policial brasileira. Seu caso se tornou tema deestudos em psicologia criminal, reportagens investigativas e até produçõesaudiovisuais.

Reflexãofinal

O caso doManíaco do Parque é um marco na história criminal do Brasil. Mais do que umcrime em série, foi um alerta sobre como a violência de gênero pode semanifestar de maneira cruel e disfarçada. O medo que ele plantou permanece comomemória viva na sociedade, e sua história serve como advertência sobre osriscos da manipulação, do abuso de confiança e da fragilidade social diante depredadores travestidos de normalidade.

Por:Carlos R. Valentin



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