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São Paulo,09/03/2025

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Sky Moura

Da preservação ambiental à valorização da cultura, mulheres desempenham um papel fundamental na construção de Belo Horizonte.

Da preservação ambiental à valorização da cultura, mulheres desempenham um papel fundamental na construção de Belo Horizonte.


Da preservação ambiental à valorização da cultura, mulheres desempenham um papel fundamental na construção de Belo Horizonte.

Em Belo Horizonte, a união entre mulheres tem sido essencial para transformar áreas como meio ambiente, cultura e direitos humanos. Através da coletividade, elas impulsionam novas ideias, conquistam espaços, garantem direitos e promovem o desenvolvimento da capital mineira.

Meio ambiente

Em tempos de emergência climática, proteger o território onde se vive torna-se fundamental. Exemplo disso é a atuação de mulheres organizadas na defesa de uma das últimas áreas verdes remanescentes da Região Norte de Belo Horizonte, um espaço de grande valor hídrico e ecológico, com 20 nascentes e uma rica biodiversidade da Mata Atlântica, distribuída em aproximadamente 200 mil metros quadrados.

Graças ao empenho das integrantes do Movimento Salve a Mata do Planalto, a Prefeitura de Belo Horizonte decretou a área como de utilidade pública para fins de desapropriação, garantindo sua preservação. Magali Ferraz Trindade, uma das lideranças do grupo, destaca a força feminina nesse processo.

“Precisamos juntar forças, sempre bravamente. Não que os homens não estejam presentes, mas somos como onças defendendo nosso território. Há muitas mulheres no movimento, e isso é algo que me chama atenção. Somos muito fortes quando estamos unidas”, afirma.

Cultura

Na cena cultural de Belo Horizonte, a presença feminina também tem sido determinante. Elisa Santana, cofundadora do grupo Zap 18 – Zona de Arte de Periferia, acumula mais de 40 anos de trajetória como atriz e professora de teatro na cidade.

Para ela, a arte sempre foi um meio de questionamento e liberdade para as mulheres. Em seus trabalhos, Elisa não apenas desafiou normas sociais, mas também utilizou o teatro como ferramenta de transformação, ajudando moradores das periferias a reescreverem suas próprias histórias.

“Nunca fui uma pessoa conformada. Sempre quis entender melhor as coisas e questioná-las”, revela.

Segundo a artista, nada se constrói sem relações interpessoais e enfrentamento das estruturas existentes.

“Aqui entram questões de poder, dinheiro e o papel da mulher. A maioria está sempre sozinha, construindo coisas sozinha, criando filhos sozinha”, ressalta.




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