Isso de ler tudo que aparece na nossa frente nos leva a tropeçar com frases que só confirmam o quanto a nossa sociedade parece estar lobotomizada. 

Como por exemplo essa, que foi concebida pelo senhor Oliver Wendell, lá no século 19 e que diz o seguinte:

"Os impostos são o que pagamos pela sociedade civilizada."

A essa conclusão, só poderia chegar alguém que não pertence à classe dos que tem que vender seu tempo, para apenas subsistir.

Mas, o que mais devemos levar em conta nesse caso é que, esse cavalheiro nasceu em 1809 e morreu em 1894 e portanto ainda não existia no Império americano o Imposto de Renda, que foi criado em 1913.

E que, prestem atenção, taxava as rendas altíssimas em 7% dos seus rendimentos.

Algo muito distante do verdadeiro confisco, que há hoje em dia em todos os países do mundo, graças à tecnologia, que a cada dia nos deixa mais e mais num beco sem saída.

Outro ponto a salientar é que a frase condiciona a ideia de civilização  ao pagamento de impostos, como se isso fosse uma condição” sine qua non” para que houvesse a civilização. 

Esquecendo-se de que as maiores ditaduras sempre estiveram sustentadas por inúmeros impostos e sob esses dominadores sempre prevaleceu a injustiça e a submissão da maior parte do povo, algo que  ninguém pensaria em chamar de avanço civilizacional.

O princípio que devemos considerar como, o que marca o avanço da civilização, é que vivamos em um Estado de Direito e nunca, que haja impostos, mas que esses impostos estejam atrelados a limites de valor, limites que devem ser julgados sempre pelo contribuinte, que é o afetado por eles.

Esses limites são os que dizem se uma sociedade é civilizada ou não, uma sociedade em que seus cidadãos, possam considerar que gozam de liberdades e direitos, inclusive para contestar e inviabilizar a cobrança de impostos injustos.

Está claro que em todo o planeta essas premissas que acabo de colocar não estão sendo levadas a cabo em nenhum país. 

Falo desse modo, sem especificar o Brasil, pois não somos exceção, somos a regra.

 E portanto, quero trazer um caso atual que prova por A mais B, que a atual carga tributária é um roubo.

Falo dos incêndios na Califórnia e de como os impostos são usados sem o menor pudor em prejuízo da sociedade e em prol de uns poucos.

Seria muito extenso descer a detalhes, cito apenas o mais gritante e é muito fácil comprovar na rede tudo que digo.

Os problemas começam pela falta de água nos hidrantes, o que faz com que incêndios em zonas urbanas com rede de água à disposição, não consigam ser extintos e só terminam quando já não há mais nada pra queimar.

O próprio corpo de bombeiros da California se orgulhava em 2022, de haver enviado equipamentos de incêndio para a Ucrânia, equipamentos que não foram substituídos, e cujo Capitão dos Bombeiros recebeu de salário em 2023,  823 mil dólares.

A prefeita, que estava representando Los Angeles na posse da presidente de Gana, em plena crise de incêndios, recebe 300 mil dólares anuais. A encarregada do departamento de águas e obras públicas de Los Angeles recebe 750 mil dólares por ano.

A cidade de Los Angeles deve 47 milhões de dólares aos cidadãos que sofreram lesões pela má conservação da infraestrutura e por erros policiais.

Essas excrecências não são exclusividade da Califórnia, há outros estados com os mesmos problemas, a diferença é que a Califórnia tem a carga tributária mais alta dentro do Império.

O diretor do Instituto Mises, Ryan McMaken, resume com exatidão o que acabo de dizer:

“Hidrantes secos. Bombeiros milionários. Altas taxas de criminalidade. Infraestrutura em ruínas. É esta a "civilização" de que Oliver Wendell falou? Possivelmente não! Os impostos definitivamente não são o preço que pagamos pela civilização. Na verdade, a tributação destrói a civilização ao canalizar recursos para órgãos estatais extrativistas que trabalham principalmente para enriquecer a si mesmos e à oligarquia dominante. “

Também pude comprovar esses dias que há pessoas que defendem a cobrança dos impostos e que estão supersatisfeitos em pagá-los e que inclusive, têm um especial apetite para apontar os que se rebelam como sonegadores e delinquentes.

Pensando nisso esbarrei sem querer com a frase de um pacifista e defensor da Desobediência Civil, o senhor Martin Luther King, que disse o seguinte:

”O que me assusta não são as ações e os gritos das pessoas más, mas a indiferença e o silêncio das pessoas boas.”

Devemos entender, que o mais democrático a fazer é limitar os impostos, pois ignorar seu crescimento, sua aplicação arbitrária e não ter a liberdade de contestar, é o caminho da servidão.

Lembrando que o mesmo senhor Oliver Wendell disse o seguinte: “cuidado como tiras a esperança de outro ser humano".

E concluindo, se o que pagamos de impostos não é suficiente pra apagar incêndios no Império, ou ajudar os afetados pelas enchentes no Rio Grande do Sul; imposto é roubo, sim senhor.