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São Paulo,30/01/2025

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Tenente Miguel

Oficialmente 8,6 milhões de desempregados e 54,3 milhões de beneficiários do bolsa família:

Que malabarismo explica esta conta que não fecha?

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Oficialmente 8,6 milhões de desempregados e 54,3 milhões de beneficiários do bolsa família:

Oficialmente 8,6 milhões de desempregados e 54,3 milhões de beneficiários do bolsa família: Que malabarismo explica esta conta que não fecha?

Por Miguel Marx


Enquanto o Brasil se orgulha de ser uma das maiores economias emergentes do mundo, um olhar mais atento aos números oficiais expõe um cenário que beira o inexplicável, ou pior, o escandaloso. De acordo com o IBGE, o desemprego ainda atinge cerca de 8,6 milhões de pessoas em 2024【1】. Contudo, impressionantes 54,3 milhões de brasileiros estão inscritos no programa social Bolsa Família, segundo dados divulgados pelo próprio governo federal【2】. Essa discrepância, que por si só deveria ser motivo de uma análise rigorosa, parece ter passado despercebida pelos gestores públicos que, ironicamente, prometiam competência técnica e transparência.


Como explicar que, em um país com 203 milhões de habitantes, mais de um quarto da população depende de auxílio estatal para sobreviver, mesmo diante de um índice de desemprego que não chega a 10%? Uma interpretação generosa poderia apontar para a realidade de empregos informais e precarizados. Contudo, outra análise, menos otimista e mais plausível, levanta uma conclusão incômoda: estamos financiando a maior rede de dependência social do planeta, desenhada para perpetuar a pobreza e, consequentemente, a submissão política.


O Bolsa Família, renomeado e ampliado em 2023, se transformou em um imenso curral eleitoral. Mais preocupante ainda é a total ausência de mecanismos transparentes para verificar a real necessidade dos beneficiários. Auditorias recentes apontam indícios de cadastros fraudulentos e uma gestão opaca dos recursos, elementos que deveriam acender um grave sinal de alerta em qualquer democracia funcional.


Os sinais de má gestão não param por aí. A indicação de Fernando Haddad ao Ministério da Fazenda é um exemplo emblemático. Conhecido por colar na prova de proficiência em economia da AMPEC—a porta de entrada para programas de pós-graduação na área—Haddad personifica o desprezo do atual governo pela meritocracia. Não se trata apenas de um episódio de descuido ético, mas de uma metáfora viva da incompetência técnica que guia políticas econômicas mal fundamentadas e populistas.


Sob sua liderança, vemos um país que prioriza benefícios sociais sem atacar as raízes da pobreza: a falta de acesso a uma educação de qualidade e a estagnação do setor produtivo. O resultado? Um aumento exponencial da dependência do Estado, sustentado por uma economia incapaz de crescer e gerar empregos formais.


Ao analisar o orçamento público, fica claro que a expansão de programas sociais tem sido financiada por um aumento insustentável na dívida pública, que já ultrapassou R$ 6 trilhões. Esse cenário levanta questões fundamentais sobre o destino dos recursos: para onde realmente está indo o dinheiro? Quando o governo não consegue fornecer serviços básicos como saúde e educação de qualidade, mas gasta bilhões em programas sociais sem fiscalização adequada, é inevitável a suspeita de que estamos diante de um esquema de má-versação sistemática.


Além disso, os ministérios mais críticos da administração pública têm sido preenchidos por indivíduos mais preocupados em manter narrativas ideológicas do que em entregar resultados concretos. A incompetência, disfarçada de “compromisso com a inclusão”, está pavimentando o caminho para um ciclo de corrupção institucionalizada, onde o Estado serve a interesses privados e políticos, em detrimento do bem comum.


O Brasil se encontra em uma encruzilhada. Uma nação que premia a ineficiência e a corrupção, enquanto perpetua a miséria de milhões. Abdicamos da coragem de exigir um governo que valorize a meritocracia, a transparência e o respeito pelo dinheiro público.


O governo Lula prometeu combater as desigualdades sociais, mas até agora o que temos visto é a perpetuação de um modelo que não emancipa o cidadão, mas o aprisiona em uma rede de dependência e incertezas. O que nos resta é uma economia em colapso, um povo desiludido e uma democracia fragilizada e relativa. 



Dr. Miguel Marx

Cientista, advogado especialista em Direito Constitucional; Médico mestre em UTI/CTI, doutorando Capes-4, pós-graduado em hematologia, medicina legal e medicina do trabalho. 1º Tenente Exército especialista em Inteligência Policial e Prisional



Referências:

1. IBGE: Desemprego ainda atinge 8,6 milhões de pessoas no Brasil. Disponível em: Carta Capital

2. Governo Federal: Bolsa Família contempla 54,3 milhões de pessoas brasileiras em setembro. Disponível em: Portal Gov.br



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