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São Paulo,04/12/2024

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Luan Jasper

O Botafogo fez história.

Glorioso conquistou o seu primeiro título da Libertadores.

Cesare Purini
O Botafogo fez história.

Na tarde deste sábado (30), Botafogo e Atlético Mineiro se enfrentaram pela final da Libertadores. O pré-jogo indicava que o Atlético entraria com uma postura mais compacta, diferente do seu habitual, oferecendo a bola ao Botafogo para tentar deixar a equipe desconfortável. Contudo, essa configuração mudou drasticamente com apenas 30 segundos de jogo, quando Gregore foi expulso após uma entrada dura em Fausto Vera.  


Com a expulsão, o Atlético Mineiro assumiu a posse de bola, enquanto o Botafogo passou a explorar os contra-ataques. Essa mudança evidenciou duas coisas: a excelência do técnico Arthur Jorge, que comanda um Botafogo bem treinado, e a falta de repertório ofensivo do Atlético. Mesmo com um jogador a menos, Arthur Jorge não promoveu substituições imediatas para recompor o meio de campo. Em vez disso, ajustou o sistema defensivo, posicionando Marlon Freitas como um terceiro zagueiro sem a bola, enquanto os homens de ataque reforçavam a linha defensiva.  


Apesar do golpe inicial, o Botafogo conseguiu se reorganizar, enquanto o Atlético tinha dificuldades para criar jogadas perigosas. Aos 35 minutos, em uma jogada brilhantemente articulada por Thiago Almada, Luiz Henrique cruzou para Marlon Freitas, que chutou da entrada da área, Luiz Henrique  aproveitou a sobra do chute bloqueado de Marlon e abriu o placar.  


Pouco depois, aos 44 minutos, Everson cometeu pênalti em Luiz Henrique. Alex Telles converteu a cobrança, e o Botafogo foi para o intervalo vencendo por 2 a 0. 


No segundo tempo, após um atraso de 45 minutos, o técnico Gabriel Milito realizou mudanças significativas no Atlético, alterando o esquema tático ao sacar Scarpa, Lyanco e Vera para as entradas de Mariano, Bernard e Vargas. Logo no início, Vargas marcou de cabeça após cobrança de escanteio de Hulk. A entrada de Vargas, jogando próximo a Deyverson, e a movimentação de Paulinho e Hulk pelas pontas geraram dificuldades para a defesa botafoguense, principalmente nos cruzamentos – a única arma atleticana na partida.  


Arthur Jorge respondeu ao cenário trazendo Danilo Barbosa no lugar de Savarino e Marçal no lugar de Alex Telles. Essas substituições reforçaram o meio-campo e aumentaram a estatura da equipe, que conseguiu se reorganizar defensivamente.  


A partida seguiu com o Atlético insistindo nos cruzamentos, mas o Botafogo manteve a solidez defensiva. Aos 31 minutos, Milito apostou na entrada de Alan Kardec, mas, surpreendentemente, substituiu Deyverson, enfraquecendo a presença ofensiva na área. Apesar disso, Eduardo Vargas teve duas grandes chances de empatar: em uma, finalizou cara a cara com o goleiro John, mas errou o alvo; em outra, tentou um toque por cobertura de forma displicente e novamente desperdiçou.  


Nos acréscimos, Júnior Santos protagonizou uma jogada individual espetacular, cruzando para Matheus Martins. A defesa atleticana afastou, mas o próprio Júnior Santos aproveitou o rebote e fechou o placar: 3 a 1 para o Botafogo.  


O título inédito da Libertadores coroa uma temporada histórica para o Glorioso e ficará marcado para sempre na memória da torcida. Já para o Atlético Mineiro, que em pouco tempo perdeu as finais da Copa do Brasil e da Libertadores, o futuro aponta para uma provável reformulação no elenco. Muitos jogadores parecem ter chegado ao fim de seus ciclos no clube.



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