Às vezes, nesse mundo tão caótico e cruel que nos tocou viver, surge lá no horizonte uma luz. Não, não a confundamos com o já costumeiro Sol, esse que nos dá a vida. 

Essa luz que desde longe se advinha portadora de tanta vida como o astro rei, é produto da nossa civilização, do nosso engenho como humanos.

Sim, regozijai-vos todos, pois a fonte que, dentro de nada, nos trará imensa satisfação é uma construção coletiva sem igual na larga história dos homens e suas civilizações nesse planeta. 

Creio até que, quando já não haja rastro da nossa passagem por aqui, arqueólogos de um distante futuro, queimarão seus avançados neurônios tentando entender o poder que varreu a Terra há milênios, deixando uma marca indelével nos restos que encontrarão.

Pode que na ausência de vestígios claros, eles venham a acreditar que efeitos tão grandiosos só poderiam se originar através de intervenção alienígena. Esperemos que não, afinal todos hoje sabemos que essa glória é nossa. 

E deixando de lado a grandiloquência temos que reconhecer que essa luz é produto da mais formosa ideia que nos ocorreu, a democracia popular. 

Sim pois só através desse mecanismo fomos capazes de eleger a um presidente que, mais que de um país, é presidente do mundo Ocidental, com claros interesses e poder de domínio também nos Orientes, Próximo, Médio e Extremo.

Vai ver estou demasiado esperançoso, mas como não me encher de esperança, se de cada 10 “cabeças falantes” que ouço e vejo, 11 delas me dizem que, prestem atenção. 

Que Trump e seus superpoderes além de pôr em ordem a economia americana, que de por si, deveria ser seu principal dever, pois já é tarefa complicada.

Também obrigará a indústria de alimentos americana a deixar de envenenar e engordar a população. Que fará do McDonald's, empresa em que trabalhou, uma rede de comida “saudável” a um preço justo. Para isso, como o Batman conta com o Robin, ele conta com um dos Kennedy como seu Robin particular.

De uma canetada acabará com o Lobby Gay e seus inúmeros derivados sexuais, retornando ao antigo sistema de dois sexos tradicional.

Como tem um escudeiro como Musk, em breve teremos carros voadores como nos Jetsons. E já se espera para breve que a tão ansiada energia elétrica grátis, preconizada por Tesla e transmitida pelo ar, será uma realidade muito antes da fusão nuclear, que deverá esperar um pouquinho mais. 

Os mais atrevidos dizem que se acabará a pedofilia nos USA e pessoas como esse Diddy não dei quê, serão julgadas e postas na cadeia por seus crimes. Que as máfias que traficam gente, órgãos, drogas e armas serão perseguidas até a extinção dessas práticas.

Sim, saberemos enfim quem matou John Kennedy, quem derrubou as torres gêmeas e onde se escondem os Ets que vemos de vez em quando passeando por aí.  

Embora, ao que parece, isso seja um problema menor, também se acredita que a criminalidade se reduzirá drasticamente, o poder de compra do cidadão aumentará e os impostos baixarão. É ver para crer.

De quebra, graças a seu incondicional apoio, Israel terá aquilo que sempre quis ter, ou melhor, conseguirá a Terra que lhe foi Prometida pelo Todo Poderoso. Afinal promessa é dívida. 

Infelizmente haverá que destruir países inteiros, matando um montão de gente e expulsando os sobreviventes, que inundarão a Europa. Mas o importante é que haverá um espaço considerável pra toda nação judaica, para que possam se casar entre eles e assim não se contaminarem com as impurezas do resto dos homens.

De passagem, qualquer alusão como essa que acabo de fazer será considerada crime contra a humanidade judaica e gente como eu será presa pelo resto da vida. 

Mas creio que é um preço justo a pagar pela paz mundial. Afinal se os Sionistas conseguem o que querem, não haverá mais motivos pra incendiar o mundo em busca de guerras.

Além do mais em seus momentos livres, Trump dará uma moral para alguns coitadinhos do Brasil, que se queixam da perseguição que sofrem dos juízes do seu próprio Supremo. Fará beicinho pro Lula e vai negar-se a fazer negócios com o Brasil, deixando de lado os interesses econômicos dos USA em prol dos seus novos amigos.

Sabemos de antemão que a profissão de pitonisa é muito ingrata e se lemos os arquivos de jornais antigos temos certeza disso.

Pois previsões econômicas, as que mais falham, ou construções de futuros possíveis, ao cabo de um dia são papel pra embrulhar peixe ou secar o chão molhado.

Mas mesmo assim eu me arrisco a dizer que, existe um tal grau de degeneração moral nas “elites” governantes e econômicas de todo o mundo, que não é possível vislumbrar um futuro que não seja distópico.

Devemos aproveitar nosso tempo e estudar, olhar nosso passado recente, (pouco mais de um século) e debruçados sobre ele, tentar entender como estamos sendo manipulados. 

Às vezes, vejo algumas pequenas velas iluminando o caminho até mesmo no Brasil. Gente que prega a mais absoluta desconfiança de tudo que venha da boca dos políticos e dos falsos religiosos. Que às vezes se misturam e nos confundem.

O problema é que as velas se consomem muito rápido e devem ser substituídas com frequência. Agora mesmo estou em uma grande igreja e vejo como as velas são frágeis, por muitas que haja.

E por muito que me custe ainda tento acreditar na força dos que as acendem, como nossa última esperança para liderar uma revolta, forte o bastante para parar a caída em que estamos.