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São Paulo,21/11/2024

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Sydnei Migli

UMA SIMPLES VERDADE

O Monopólio da Mentira Não pode Ganhar.


UMA SIMPLES VERDADE

Nesse mundo que nos tocou viver, há assuntos ou temas que parecem estar proibidos.

Por favor não parem de ler, não vou ficar aqui falando das mentiras que temos que engolir a cada dia, da nossa esquerda nojenta e emburrecida.

Só não posso prometer que ao final não acabemos sempre derivando a considerações políticas e sociais, que moldam nosso pensamento e das quais, nos custa tanto romper os moldes que nos foram impostos.

Seguiremos o conselho de uma antiga música de um antigo grupo musical hoje boicotado pela “extrema direita”, Titãs, onde um dos versos dizia assim: “as ideias estão no chão, você tropeça e acha a solução”. 

Pois foi num desses dias sombrios, onde não dá nem vontade de olhar pro alto e ver as nuvens cinzas que nublam o céu, que tropecei com uma história, ou quem sabe deveria dizer estória. Sim porque a distinção nesse caso nos revela uma das grandes mentiras do século 20.

Às vezes me pergunto, pra que? Pra que meter a mão em vespeiro? Mas ao final, penso, pelo tempo que me sobra no planeta, por que não?

Como vinha contando, tropecei. E nesse tropeço me dei de frente com a estória de uma menina de 13 anos, que passou dois anos escondida em uma casa com sua família e nesse período escreveu um diário. Um diário que nos últimos 80 anos já rendeu milhões de dólares a seu pai, morto em 1980 e à fundação que hoje leva seu nome.

Estou falando de Anne Frank e seu diário tão famoso.

 Creio que apesar das decepções que temos, ao escavar o passado e da impossibilidade de descrever o que se sente ao ver, que ao nosso redor, o mundo é uma mentira. Com tudo isso, eu ainda escolheria ter a chance de saber o que nos esconderam e o porquê.

Sabemos que ao final desses dois anos, sua família foi descoberta e presa, não pela polícia alemã, mas  pela polícia holandesa (Polícia Verde) e que Anne Frank foi transferida primeiro para o campo de trânsito para deportados judeus em Westerbork (Holanda), depois, em 2 de setembro de 1944, para o campo de trabalhos forçados de Auschwitz-Birkenau e em dezembro do mesmo ano para Bergen-Belsen,  ao norte da Alemanha, pois as tropas aliadas estavam se aproximando.

 Em Bergen Belsen, Anne adoeceu de tifo, doença que dizimou muitos prisioneiros, morrendo vítima da doença, fato que está nos registros do próprio campo e foi corroborado por sobreviventes.

Seu pai, Otto Frank, ao estar já doente quando a transladaram, foi internado no hospital do próprio campo de Auschwitz, onde lhe trataram e pôde superar a doença. O corpo de Anne não foi encontrado e segundo sobreviventes estaria entre os muitos corpos enterrados nas valas comuns.

A tragédia de Anne é uma das milhões de tragédias que a 2ª Guerra produziu e não se deve tentar diminui-la, no entanto o que veio depois, não pode estar justificado. Já que, em teoria a verdade deveria ser suficiente para contar a história.

Algo que chama a atenção é que um lugar destinado a eliminar pessoas e com as tropas aliadas se aproximando, ainda mantinha um hospital em funcionamento. E como a vida de um judeu foi salva graças aos cuidados que recebeu ali.

Tentemos nesse momento ser racionais, sei que é difícil, pois o tema se presta a interpretações carregadas de emotividade e tentemos seguir em nossa busca.

E para isso, há fatos que chamam muito a atenção, por exemplo, um julgamento que se iniciou em 1956 e foi até 1958, em um tribunal de Nova York, onde um jornalista” judeu” chamado Meyer Levin. Acusava o pai de Anne, Otto Frank, de “fraude, violação de contrato e uso ilícito de ideias”. O objeto da ação era a “dramatização cenográfica” e a venda do “diário”. 

O juiz Samuel L. Coleman, que por sinal também era judeu, ditou sentença dizendo que o senhor Otto Frank deveria pagar ao senhor Meyer Levin a quantia de 50 mil dólares, “por seu trabalho no Diário de Anne Frank”.

Como podemos ver ficou “tudo em casa”, demandante judeu, demandado judeu e juiz judeu. O que aos olhos da sociedade não pode ser tachado de antissemita. 

Embora a autenticidade do “diário” tenha sido contestada e exposta por exemplo no New York Times em 1955, dizendo que as frases que compunham o diário original, nunca seriam suficientes para resultar no livro final que se editou.

Ou ainda que o próprio jornal Der Spiegel tenha chegado à conclusão de “que o diário publicado não é autêntico, tendo sofrido inúmeras manipulações”.

Ou mesmo o fato de que partes do suposto diário estavam escritas com uma esferográfica, que nesse momento não havia sido inventada.

Que a caligrafia de Anne em cartas pessoais a amigas, tem características de uma menina de 13 anos e a dos “manuscritos” que deram origem ao diário obviamente pertencem a uma pessoa adulta. Que além do mais demonstra uma capacidade de escrita e domínio de assuntos que ela não tinha.

O que é corroborado não só pela ação judicial movida por Melvin Meyer a Otto Frank, mas até mesmo por declarações pessoais do próprio Otto Frank, que admitiu que entre outros pediu ao periodista holandês Albert Cauven que” recheasse algumas lacunas do diário”.

E que podemos deduzir que Meyer deu o resultado final à obra publicada em 1952, data em que Otto afirma haver descoberto o diário escondido no teto da casa onde se esconderam. 

Mais uma das incongruências de Otto, pois o diário foi publicado pela primeira vez na Holanda, em 1947. E uma família vizinha dos Frank, afirma haver descoberto o manuscrito no dia seguinte da sua detenção.

 E repito que isso não apaga a enorme tragédia que a 2ª Guerra significou para milhões de seres humanos, de todas as raças. Nem tão pouco a dor e o sofrimento de Anne Frank, que foram reais, como o seu diário, mas que no final serviram para que seu pai se fizesse rico e um grupo o manipulasse.

O que mais molesta é a barreira que se coloca quando se tenta expor um fato que foi tergiversado.

 Onde a simples dúvida levanta protestos, que não estão interessados na verdade. Mas, sim, em impor a versão de um grupo que se permite o direito de mentir para reforçar um relato, político religioso.

Criticar a autenticidade do Diário de Anne Frank, tal como foi publicado, é direito à liberdade de conhecimento. De restabelecer a verdade. É tentar romper a cúpula invisível que nos rodeia, antes que esteja completa e estejamos condenados em uma jaula mental.







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