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São Paulo,14/11/2024

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Rosivaldo Casant

CALOR NA PG

“Nossa, que calor!” É o que ouvimos recorrentemente aqui na PG. Confesso que já me ouvi dizendo a mesma coisa em diversas ocasiões. Se era para não sentir calor, tomei o rumo errado

Tata Napolitano Casant
CALOR NA PG Final de tarde na PG

*CALOR NA PG


“Nossa, que calor!” É o que ouvimos recorrentemente aqui na PG. Confesso que já me ouvi dizendo a mesma coisa em diversas ocasiões; antes, quando vinha veranear e, também, de uns tempos para cá, quando passei a residir na cidade. Desnecessário, como se diz por aí. Se era para não sentir calor, tomei o rumo errado. Uma cidade nas montanhas seria a melhor escolha, embora o clima tenha mudado muito nas recentes décadas. Então, “oh, my God!”, obrigado, Senhor, porque o ventilador ou a sombra de um edifício são recursos de que posso lançar mão para as tarefas de todos os dias. O condicionador de ar ... bem, só em último caso, pois a companhia de eletricidade agradecerá termos nos tornado seus sócios.

Voltemos ao nosso assunto: calor da PG. Tem sido muito grande nestes dias, é verdade, e não há como discordar. Penso que preciso trabalhar a tolerância; tenho sido bastante ácido com as falas do tipo não tenho o que dizer, com a repetição de chavões e frases prontas, que se imagina poderão estabelecer alguma conversação. A graduação elevada da temperatura parece refletir o calor com que todos os que chegam à estância são recebidos. Isso não é de hoje. Sempre foi assim. Prova está, como dizia um querido amigo, que é a cidade cuja população mais tem crescido, em toda a Baixada Santista. A verticalização dos empreendimentos imobiliários foi ocorrendo para atender a demanda crescente por moradias, para os veranistas e, sobretudo, para os que transferiram suas vidas para cá, buscando mais qualidade de vida; há uma grande parcela de aposentados, entre os quais me incluo. Todos os itens que um município pode oferecer para o cidadão, ou a cidadã, para que desfrute sua aposentadoria com bons serviços e atendimento nas suas necessidades específicas, são oferecidos: postos de saúde, praias limpas, espaçosos calçadões, bons serviços públicos e outros facilitadores que há nas boas cidades de veraneio. 

Também são ofertadas oportunidades de emprego ou de empreender, pois o mercado expande significativamente a cada nova temporada Sem contar que quem trabalha de forma remota terá dificuldade de encontrar lugar melhor que aqui para desenvolver seu trabalho tranquila e eficientemente.   

Pode parecer mera panfletagem, peça de marketing, ou algo que se assemelhe, mas se trata tão somente de constatação do que é a vida na PG – com o calor que reflete o aquecimento das relações interpessoais, sociais e profissionais, tudo junto e misturado. Compartilhar boas impressões de um lugar que amamos não necessita de patrocínio algum. Aliás, se disso eu fosse depender, não teria publicado em 2004 o livro infanto-juvenil “Operação Praia grande”, que descreve mudanças na cidade nos últimos anos e um pouco da história do Forte Itaipu. 

Nesse mar de coisas boas de Praia Grande, há senões, obviamente. O quê de negativo, fica por conta do vandalismo com as calçadas, ruas e praias. Chamo de vandalismo e coloco tudo no mesmo balaio porque nos referimos ao nosso entorno, tanto de moradores como de turistas, que deve ser preservado e cuidado, bem cuidado. As calçadas são nossas passarelas, por onde transitam pets e seus donos (todo dejeto deve ser recolhido pelos respectivos papais-pets, digo, tutores). As ruas pavimentadas não são pistas de corrida, por isso, exigem velocidade adequada, sem que haja perigo para quem quer que seja, mas, acima de tudo, para nossas crianças e idosos. As praias são abraçadas pelo mar, que, ao recolher seus braços, não deve levar pra dentro de si o que irá destruir diversos organismos marinhos: além do que, o lixo que fica nas praias é feio, é vergonhoso e, não fosse a conservação municipal e de voluntárias formiguinhas espalhadas por toda a orla, é o que encontraríamos a nos esperar para nossa contrariedade no dia seguintes. 

Nossa, que calor! Bem-vindo, calor! É por isso que estamos aqui, para senti-lo e para receber tudo o que decorre da sua presença intensa e revigorante, principalmente nos meses de verão. Que nossa gratidão preceda atitudes responsáveis de cuidado com o ambiente, solidariedade com o próximo e amor ao lugar que recebe milhares de novos residentes todos os anos, de braços abertos, como o mar que abraça Praia Grande!


*17/3/2021 – Data da publicação no Facebook, Portal da PG, página pessoal, com pequenas atualizações para o blog do Sensus.



COMENTÁRIOS

Obrigado pelos oportuníssimos comentários. Quando me ponho a escrever sobre determinado tema, ele me envolve e eu me envolvo com ele; impossível não haver geração de calor! Infelizmente temos regredido no quesito "civilidade"; ah se nos deixássemos conduzir pelo amor do Cristo! Aqui temos nascer do sol e pôr do sol estupendos; só não podemos nos descuidar com os raios do astro-rei no meio do dia! Não podemos deixar o tema virar produto, para que garras gananciosas se apoderem dele.

Eu senti o calor na leitura.Como é bom ler textos sinestésicos!Viva PG!Viva o Calor!Viva a aposentadoria!Viva a cabeça do Rosivaldo!

Uma aula de civilidade!Parabéns!

Estamos na primavera, estação que amo. Porém o calor tem se apresentado, como sefosse verão.O calor está por toda parte, mas na Praia Grande, ahhh....tem o mar, lugar que adoraria passar meus dias quando aposentar.Imagino o pôr do sol o quão fantástico deve estar sendo esse espetáculo nesse dias de calor!!

Meu amigo o medo que tenho é a maneira em que o tema clima é tratado...

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