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São Paulo,20/09/2024

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Anna Julia

Empresário preso pela PF é suspeito de usar fintech para lavar milhões

Empresário Patrick Burnett era líder do Lide Inovação, braço do grupo empresarial do ex-governador Doria, até ser preso pela Polícia Federal


Empresário preso pela PF é suspeito de usar fintech para lavar milhões

Preso preventivamente pela Polícia Federal (PF), o empresário Patrick Burnett, dono do InoveBanco, é acusado de usar uma fintech para fazer movimentações milionárias de lavagem de dinheiro envolvendo imóveis e carros de luxo. Instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central (BC) que davam lastro ao seu “banco” são investigadas pela omissão de operações suspeitas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Aberto em 2019, o InoveBanco já movimentou R$ 7 bilhões, segundo dados de sua quebra de sigilo bancário.

Em pouco tempo, seu dono foi alçado a empresário bem relacionado, anunciando grandes parcerias e concedendo entrevistas, até se tornar líder do “Lide Inovação”, um braço do grupo empresarial do ex-governador João Doria. Patrick Burnett foi afastado dessa posição após ser preso pela PF no fim de agosto. O empresário foi um dos alvos da Operação Concierge, deflagrada no dia 28 do mês passado para prender 14 suspeitos por lavagem de dinheiro de R$ 7,5 bilhões.

A investigação apura a atuação de fintechs que oferecem serviços semelhantes aos de bancos, como transferências, contas e até mesmo Pix. Como não são avalizadas pelo Banco Central, essas empresas usavam serviços de instituições autorizadas. As contas oferecidas por essas empresas são diferentes de uma conta em um banco tradicional. As fintechs oferecem o serviço conhecido principalmente por empresários como “conta gráfica”, uma conta bancária que não é aberta em nome de seu verdadeiro titular, mas no CNPJ da instituição financeira.


Esse tipo de conta é bastante usado por fraudadores, porque os ajuda a se livrarem, por exemplo, de bloqueios do BC, que podem ser feitos por ordem judicial por diversos motivos, como a cobrança de uma dívida não paga ou mesmo uma investigação policial sobre lavagem de dinheiro. Na prática, pelo fato de a conta não estar em nome de seu verdadeiro titular, quando o confisco for efetivado sobre seu alvo, a conta não vai aparecer na lista de bloqueios.



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