Desde muito tempo se estabeleceu a fundamental diferença entre inimigo e hostil. 

Onde o hostil é sempre aquele ou aquilo que nos ataca desde o exterior e que, é algo ou alguém a quem conhecemos bem. Sendo assim é maior a possibilidade de impedir que nos prejudique, uma vez que estaremos prevenidos contra suas ações.

Já o inimigo é alguém que está ao nosso lado, que atua de forma dissimulada aparentando por atos e palavras estar a nosso favor.

 É fácil notar como o inimigo é mais prejudicial que o hostil. 

O inimigo é um covarde, um ser desprezível que se nutre da nossa inocência, para realizar o seu objetivo e é vulgarmente chamado de traidor.

Em se tratando do Brasil, é muito fácil ver quem é o hostil. Pois esses elementos trazem a marca que a guerra cultural espalhou por todo o planeta, eles são hostis não ao Brasil e seus cidadãos, são hostis à toda a humanidade. Estão infectados por um vírus que deve ser extirpado do tecido social, sempre e quando se queira que a humanidade não se transforme em uma selva povoada por seres embrutecidos e emburrecidos. 

Dizem pertencer ao Comunismo, que não passa de uma justificativa tosca e mal-acabada, para que tiranos assumam o poder e escravizem países inteiros. E no Brasil são os do PT ou PSOL, ou qualquer abobrinha que se queira criar em nome de Marx. 

Pois bem, já temos localizados os hostis.

Já com os inimigos a coisa é mais complicada. Pois estão entranhados no corpo da sociedade como um câncer em sua fase de metástase.  E para complicar ainda mais se escondem atrás de duas palavras mágicas, Democracia e Capitalismo. 

Capitalismo que tal como Comunismo, com sentido inverso em suas definições acaba servindo aos mesmos senhores. Só que no Capitalismo, detrás do que se convencionou chamar de livre mercado, foi dada uma certa liberdade aos povos para que, com o tempo, em consonância com a democracia, se criassem gigantescas máquinas estatais, como as Nomenklaturas soviéticas. 

E que agora, é sustentada com escorchantes impostos pela imensa maioria da população. E tal como nas ditaduras comunistas, onde há tiranos com cara, na Democracia há um revezamento de poder dentro da máquina. A população não serve a um tirano, mas a vários.

Esses são os inimigos, os traidores.

Inimigos nos quais o brasileiro votou nos últimos 40 anos, para que hoje tenhamos um país onde:

 há mais oficiais nas forças armadas que soldados e cabos, onde se gasta mais com as aposentadorias e pensões desses caras que em salários aos soldados e cabos.

 Esses são os traidores.

Onde não só os impostos são altos, mas uma corja de fiscais corruptos, se enriquecem cobrando subornos dos ricos e matando na unha aos contribuintes que não lhes pode pagar, esses sádicos que parece que sobram na nossa sociedade, se misturam entre nós, são lobos em pele de cordeiro.   

Esses são os traidores.

Onde o judiciário assiste de camarote a decadência dos meios físicos da justiça, enquanto contribuem de modo pessoal para sua decadência moral, engordando seus próprios salários e vendendo sentenças a criminosos.

Esses são os traidores.

Onde políticos viram a casaca uma vez eleitos e onde os que não viram a casaca, sabem que assim também garantem um eleitorado que os julga honestos. E sob o manto da “honestidade”, perpetuam benefícios dignos da casta em que se transformaram.

Quando em verdade a honestidade não deveria ser uma qualidade admirável, mas sim uma conduta normal e obrigatória a todo cidadão que se elege como representante do povo.

Esses são os traidores.

Na verdade, aqui não revelo nada que não esteja claro há muito tempo.  Pois na história do homem sobre a terra, o que se vê são apenas repetições de comportamento, onde só mudam os personagens, as histórias e seus enredos se repetem.

E se me permitem a ousadia, quero fazer um comparativo com uma ideia que um dia, Alguém nos trouxe, era uma nova forma de ver o mundo e esse Alguém plantou em nós uma semente.

Semente que nos séculos futuros homens especiais como Thomaz Morus e Santo Agostinho, ajudaram a crescer. Eles fundamentaram a Fé Católica, no entanto, mesmo algo assim tão forte, não foi capaz jamais de vencer as hordas de inimigos que, como carrapatos sugaram sua seiva, acabando por corromper toda essa mensagem, a ponto de que hoje a confundamos, com a conduta abjeta dos que a deviam representar entre nós.

A ponto de ter hoje como seu líder máximo, um Papa que é  mais um representante político e confundido, do que um homem que deveria guiar os seguidores da sua fé.

Agora mesmo há cristãos morrendo nas mãos de muçulmanos na África e no Oriente Médio, gente que ainda crê na mensagem primordial, quem sabe os legítimos representantes da Fé Católica.

No mundo e mais especificamente no Brasil, passa o mesmo.

Há um enorme contingente de pessoas que apenas e tão somente, gostariam de viver em paz, trabalhar, constituir família, comprar uma casa e criar seus filhos. Essa gente não é direita nem esquerda, é gente que coincide com as ideias de Jesus, sem necessidade de ser católica ou crente.

Mas que sofre nas mãos dos seus inimigos, esses que elas inocentemente acreditam que lhes pode ajudar a conseguir essas coisas tão simples.

Do mesmo modo que creio que não deveríamos votar mais, tão pouco creio que deveríamos adorar líderes de barro. 

Sei que estou pregando no deserto, mas chega um momento em que as glórias do mundo se revelam demasiado passageiras como para querer conquistá-las e o que mais importa, é estar de bem consigo mesmo.

E eu não estaria bem se não dissesse o que penso de como as pessoas do dia 08 de janeiro, foram conduzidas a um erro grosseiro, porque aquele em que elas acreditavam deixou de cumprir sua obrigação para com eles. 

Naquele momento alguém, que essas pessoas tinham por seu guia, mesmo sabendo que era em vão estar ali plantados, vendo miragens pelas redes. Não foi capaz de enviá-los à suas casas, alimentando uma falsa esperança, através de enigmáticas fotos e um discurso à beira d’água, com um intuito até hoje não revelado. 

Houvesse feito isso e sua liderança ainda estaria intacta e melhor que isso, centenas de pessoas não teriam suas vidas destruídas, centenas que quando pensamos em seus familiares são milhares.

Mas parece que a massa que segue a flauta mágica, esquece os "terroristas" na prisão e a morte de um deles. E preferem fazer Pix para seu ídolo, exaltar a elegância da Michele e comprar o perfume do Bolsonaro.

Aqui não cabem explicações de estratégia política, a maldade do sistema já estava demonstrada pelas ações contra jornalistas, políticos e empresários. Não era necessário acrescentar ao altar de sacrifícios, vidas de gente inocente.