Tony Araújo
Os milhões em mídia
Mais propaganda, menos ação
Não é de hoje que os governantes brasileiros vêm adotando uma prática quase que unânime entre eles, se não unânime; são os gastos exorbitantes em propaganda e marketing, isto como se o governo fosse uma empresa e esta precisasse trabalhar pesado na divulgação dos seus produtos e serviços. Entretanto o governo não é uma empresa e, assim sendo, os gastos com mídia aparentemente são uma forma de aumentar a visibilidade, mostrando "as boas práticas e o desenvolvimentos", mas sem de fato ter o serviço prestado. Enquanto vultosos valores são gastos em campanhas publicitárias, o que deveria ser realmente investido fica em segundo plano.
Só para exemplificar os gastos em mídia, no ano de 2023, o atual governo gastou, de um montante orçamentário de R$ 450 milhões de reais, com a sua autopromoção, cerca de 369 milhões, só as três maiores empresas televisivas brasileiras (Globo, Record e SBT) levaram juntas quase 80 milhões de reais do governo federal, enquanto isso, as universidades e a segurança pública, só pra citar alguns setores, tiveram significativos valores orçamentários reduzidos. As universidades federais por exemplo tiveram cortes de orçamento pelo governo de cerca de 4,96%, o que representa uma somatória de R$ 310.939,156, isto se comparado com o ano anterior. Já a segurança pública federal, através do ministério da justiça, embora negado anteriormente pelo agora ex ministro Dino Franco, mas conforme publicado no portal R7, o orçamento destinado às políticas de desenvolvimento e combate ao crime organizado teve uma redução de 31,5%. Nesse sentido, fica claro, que para o governo ou para os governantes, vale mais a pena gastar o dinheiro do contribuinte na autopromoção governamental do que investir, por exemplo, em saneamento, educação, saúde e segurança. Não é a toa que acompanha-se o crescimento alarmante da violência em todos os estados brasileiros, levando à população aos caos diário deixado pelos confrontos envolvendo facões criminosas e agentes de segurança.
Não bastasse tudo que é gasto de dinheiro público com as regalias dos mandatários da nação, gasta-se também em propaganda política, gasta-se valores altissimos há cada ano de eleições e ainda tem que se arcar com a autopromoção governamental, como isso fosse levar algum tipo de benefício ao cidadão.
Existem campanhas publicitárias necessárias a qualquer governo. Como são os casos, por exemplo, das campanhas educacionais; campanhas de vacinação e etc. Essas sim; podem ser consideradas e, são campanhas de utilidade pública, nesse caso, o valor empregado não seria considerado um gasto, mas sim investimento.
COMENTÁRIOS
Edilene
em 21/04/2024
Boa noite!Quero lhe dá os parabéns, pela matéria, pelo material apresentado. Os gastos citado em propaganda realmente é altíssimo e desnecessário, se o poder público pegasse esse dinheiro gasto em propaganda e investissem mais em educação, saúde, ambientação, teríamos melhores profissionais, mais suporte nos hospitais e lugares mais lugares para lazer familiar. Com isso tudo, teríamos menos pessoas doentes.Adorei sua matéria, continue assim. Parabéns!